sábado, 31 de outubro de 2009

Tenho relações de grupo todos os dias...


O ser humano, como ser social que é, relaciona-se todos dias e a todo o instante,
embora nem sempre tenha noção disso. De facto, nem sempre temos consciência do quanto
relacionamos, pois muita vez não interpretamos os nossos actos como tal. A verdade é que o acto de relacionar nem sempre implica uma amizade, ou sequer falar com outras pessoas.
Quantas vezes nos encontramos a fazer umas compras, e damos por nós à espera na fila maior? Esta atitude pode dever-se a coisas tão banais como aquela troca de olhares com a empregada da caixa, com a sua aparência cuidada e adaptada ao nosso estilo, ou ainda pelo facto de ela possuir um tom de voz suave, que nos atraia. As razões podem ser as mais
diversas, e ao mesmo tempo, as mais simples.

Tal como não existem duas pessoas iguais, também será verdade afirmar que não existem duas relações iguais. Um bom exemplo disso será analisar um ambiente familiar, onde apesar do respeito pelos familiares directos ser igualmente intenso, as relações são deveras diferentes. Um filho pode cumprimentar um pai com um enfadonho bom dia, enquanto à mãe poderá fazê-lo com um abraço e um beijo.

As semelhanças entre determinados feitios, ideias, valores e culturas, leva a que se consiga criar agrupamentos de pessoa com as quais nos relacionamos. Se todos nós pensarmos no nosso dia-a-dia, podemos facilmente enumerar grupos com os quais interagimos, assim como podemos ainda identificar com facilidade as diferenças entre si.

Ao longo dos meus dias relaciono-me com a minha família, num ambiente muito rotineiro. De seguida, relaciono-me com os colegas de trabalho e de pós graduação onde o nosso interesse pelas novas tecnologias e pelos meios digitais é o tema principal de conversa e o motivo de união de grupo. Arranjo ainda tempo para andar com o grupo dos patins em linha num ambiente muito “underground”, ver o jogo com o pessoal da bola, e ainda trocar impressões com os amantes dos animais que, tal como eu, se dedicam à criação de diversas espécies.

Todos estes factores provam de facto que socializamos todos os dias, a toda a hora e de forma inconsciente. No Marketing Relacional procuramos compreender esta realidade e perceber quem são os nossos clientes, quais os seus grupos de relacionamento e onde nos enquadramos, como empresa, no meio desses grupos. Ao perceber estes factores saberemos o que os nossos clientes querem, onde os encontrar, e como lhes agradar, sem contudo os abordar de uma forma abusiva ou não solicitada. Pretende-se actuar de forma ponderada conseguindo atingir o cliente de forma consentida e espontânea. No fundo, as marcas são cada vez mais um dos grupos de relacionamento diário dos seus clientes.

Por Vasco Salvador Soares Ferreira
(aluno de Marketing Relacional na Pós-Graduação em Marketing Digital do ISCAP)

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