sábado, 5 de julho de 2008

Networking - Rede de Oportunidades


Podemos enquadrar este conceito em inúmeros contextos, no entanto em todos eles existe um propósito muito específico: a gestão de uma rede. Para um informático terá um significado muito próprio, contudo vamo-nos focar apenas no networking do ponto de vista social, que se baseia fundamentalmente na gestão de uma rede de contactos. Esses contactos têm índole profissional, contudo os de natureza pessoal podem ser determinantes para o mercado de trabalho. Neste âmbito, é muito utilizado para representar a rede de contactos formada por pessoas que têm a mesma afinidade profissional.


Qual o interesse estratégico de se manter e gerir uma boa rede de contactos? Na realidade não há apenas um interesse estratégico, mas sim vários, desde logo a possibilidade de elevar o status social que, nem sempre sendo fácil de conseguir, é possível através de uma constante convivência com pessoas de nível social “superior”. Coloco “superior” com “aspas” por razões óbvias... uma pessoa com elevado status social não é necessariamente uma pessoa com classe... Não obstante, é importante manter o networking sempre activo e crescente, pois é semelhante a uma “árvore, em que você vai cultivando bem, podendo um dia render-lhe bons frutos”…


Quantas vezes já não tivemos a possibilidade de ver pessoas com competências profissionais muito abaixo das nossas a passar-nos à frente num processo de candidatura a um emprego e ficar com um cargo que temos clara consciência que seria mais adequado a nós ou que, pelo menos, não seria adequado a ele(a)? Pode ser um sinal de prepotência da nossa parte, mas muitas vezes coerente e mais do que evidente... Uma coisa é certa: na maioria das vezes o famoso “factor C” é resultado de uma excelente rede de contactos. E podem até chamar de “burro” ou “oportunista” à pessoa que conseguiu o emprego nestas condições, mas ninguém lhe pode tirar o mérito e inteligência de ter sabido gerir muito bem a sua rede de contactos. OK, podem dizer que ele(a) é “filho(a) de papás ricos”, mas então nesse caso reconheçam o mérito dos “papás” por terem uma boa rede de contactos! Reconheço e admito, no entanto, que os mais “ricos” (estou a falar de dinheiro e não de espírito!) têm potencialmente maior acessibilidade a uma boa rede de contactos, dos mais variados níveis sociais e económicos. Todavia, todos nós temos a possibilidade de desenvolver um bom networking com base na nossa astúcia, curiosidade e ambição. Muitas vezes, para além de uma pitada de sorte, é só mesmo querer!


Hoje em dia o mercado é muito disputado e ter capacitação profissional, curso superior e até pós-graduação, podem não ser as vantagens mais competitivas na procura de um emprego melhor. E fundamental termos um networking bem activo e actualizado. E é aqui, entre naturalmente outras circunstâncias, que também se torna determinante o nosso marketing pessoal, isto é, a nossa capacidade de nos “vendermos” aos outros com um propósito muito específico. O marketing pessoal permite ainda mostrarmos aos outros algo que na realidade não somos. Eticamente incorrecto? Não, apenas marketing. Apenas vontade de vencer na vida, mas desde que para isso não seja necessário “pisar” os outros. Porque isso é sinal de cobardia, sinal de que temos medo que eles possam ser melhores do que nós e, assim, representem uma ameaça. A nossa determinação, auto-estima, persistência e auto-confiança são armas suficientes para elevarmos o nosso marketing pessoal, que, por sua vez, poderá ser determinante para a nossa vida pessoal e profissional.


Este networking também se reveste de outras formas virtuais. Hoje em dia já não conseguimos ser indiferentes a conceitos como Wikinomics, Web 2.0, Geração Net ou Social Marketing. A colaboração online está a explodir (se é que já não explodiu...) e os cidadãos estão, de forma crescente, a organizarem-se para produzir em conjunto um manancial tremendo de conhecimento: de enciclopédias a sistemas operativos, passando por campanhas de alerta para o aquecimento global, tudo é possível fazer-se. Com cerca de 85% de estudantes universitários em redes como a FaceBook ou o MySpace – crescendo a um ritmo de 300 mil novos registados por dia – os novos locais para a colaboração online e para o social networking constituem um fenómeno que já não é passível de ser ignorado por ninguém. Um bom e recente exemplo português, é o aparecimento do site “The Star Tracker”, um espaço virtual condicionado apenas para os portugueses residentes e emigrantes com talento e que conta actualmente com mais de 13 mil talentos portugueses. E acreditem numa coisa: é mesmo possível estabelecermos contactos profissionais de grande categoria!

Em suma, sendo virtual ou não, a verdade é só uma: compensa ter uma boa rede de contactos! Por isso... mãos à obra!

5 comentários:

SOPHIA FERREIRA disse...

Parabéns pela iniciativa caro colega e amigo. Concordo com o que dizes. Quase nunca a sorte é factor suficiente para chegar mais longe. Quase sempre é preciso ser-se inteligente e ter bons contactos. Tu és claramente um bom contacto. :-)
Vou colocar o teu blog nos meus favoritos e vou ser uma leitora assídua.
Bjs.

Anónimo disse...

Olá
Gostei muito de te conhecer e estou a gostar bastante da tua iniciativa de criares um blog.
Em relação ao Marketing Pessoal, acredito que deva ser fruto do que nós somos e da tentativa de sermos cada vez melhores, mais atraentes e interessantes aos nossos olhos e aos olhos dos outros.
Os nossos pensamentos e as nossas atitudes bem como a nossa ética, a capacidade de nos mantermos motivados e de motivar os outros são fundamentais na definição dos que poderão ser parceiros ou colaboradores das empresas.
Todos devemos ter uma estratégia pessoal para atrair e desenvolver contactos e relacionamentos interessantes quer do ponto de vista profissional quer pessoal.
Foi o que nós fizemos?
Bj

Anónimo disse...

Já agora, és filho de papá? Para conseguires o teu emprego na Direcção de Marketing...
Olha que nem sempre os contactos são importantes... Eu prefiro ter amigos(as)que me possam ajudar ou empregar, sem baixar minha auto-estima e qualidade/capacidade de trabalho.
Ah!... Não me digas que na tua vida Pessoal/Profissional nunca pisas-te ninguém??? Hhuuuummmmmm.... Não me parece!

SOPHIA FERREIRA disse...

Não podia deixar de dizer isto!
Não, não és um filho do papá.
O nosso anónimo não me parece ter grande auto-estima... se tivesse provavelmente identificava-se.
Mas nós, os teus amigos, sabemos que apenas de ti depende o sucesso que tens alcançado.
E sei que vais continuar a ir mais além porque tens qualidade/capacidade de trabalho como poucos.

Anónimo disse...

Boa, boa Amiga!
Realmente quem não sabe é como quem não vê! 'tadito do "anónimo"!